Conheça as principais doenças que podem ser transmitidas pela água.

Diarreia por Escherichia coli

A bactéria Escherichia coli, também conhecida como E. coli, a princípio, não é maléfica para o ser humano. Esse micro-organismo costuma viver de forma harmoniosa no intestino de animais de sangue quente, como aves e mamíferos.

No entanto, bactérias sofrem mutações genéticas facilmente, o que pode resultar no aparecimento de grupos de E. coli prejudiciais para a nossa saúde. Dessa forma, a ingestão de água e alimentos contaminados com bactérias desses grupos específicos pode causar dores abdominais e de cabeça, febre, vômito, calafrios e diarreia aguda.

Quadros de diarreia podem levar à desidratação, o que é muito perigoso, principalmente para crianças, gestantes, idosos e pessoas imunodeprimidas. Assim, o tratamento dessa doença envolve, principalmente, a reposição de líquidos e a manutenção de uma alimentação equilibrada.

Amebíase

A amebíase é causada por um protozoário que recebe o nome de Entamoeba histolytica. Esse agente infeccioso libera cistos, formas inativas e resistentes, capazes de sobreviver por muito tempo no ambiente. Sendo assim, a ingestão de água e alimentos contaminados com esses cistos aparece como a principal forma de transmissão da doença.

Entre os sintomas mais perigosos da amebíase estão dores abdominais acompanhadas de diarreia com sangue e muco. Portanto, o tratamento dessa enfermidade consiste na ingestão de líquidos para evitar a desidratação, acompanhada da administração de um vermífugo eficiente, capaz de combater esse micro-organismo.

Cólera

A bactéria Vibrio cholerae é o agente causador da cólera, doença que se manifesta por meio de uma diarreia leve em 80% dos casos. Porém, também existem casos graves dessa enfermidade, em que episódios constantes de diarreia aquosa podem levar a pessoa enferma a perigosos quadros de desidratação.

A transmissão da cólera também ocorre por meio da ingestão de água e comida contaminadas. Dessa forma, condições precárias de saneamento básico, falta de cuidados com a higiene pessoal e manipulação inadequada de alimentos colaboram com a disseminação dessa doença.

Leptospirose

Esgoto a céu aberto, enchentes, falta de água encanada… Esses e outros problemas relacionados à falta de saneamento básico possibilitam a transmissão da leptospirose. Essa doença é causada por bactérias do gênero Leptospira, presentes na urina de roedores e outros animais, que penetram no nosso corpo pela pele.

Os sintomas da leptospirose consistem em febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, podendo evoluir para sérias complicações no fígado e nos rins. Já seu tratamento é realizado por meio da vacinação de animais domésticos — não existe vacina para o ser humano — e pela administração de remédios capazes de prevenir a infecção quando há situações de risco.

Disenteria bacteriana

As bactérias do gênero Shigella são os agentes causadores da disenteria bacteriana. Uma pessoa infectada por esses micro-organismos pode apresentar dores abdominais, febre e diarreia com fezes sanguinolentas. Em casos mais graves, além da ingestão de líquidos para combater a desidratação, pode ser indicada a administração de antibióticos.

Mais uma vez, a transmissão dessa doença de veiculação hídrica se dá pelo contato com água e alimentos contaminados e, até mesmo, pelo contato direto com fezes de uma pessoa doente. A prevenção engloba o tratamento de água e esgoto, mas também ações simples relacionados à higiene pessoal, como lavar as mãos antes das refeições.

Hepatite A

A hepatite A é uma doença que pode manifestar sintomas ou não. Apenas uma pequena parcela de doentes apresenta febre, dores musculares, vômito, icterícia, fezes amareladas e urina escura. Apesar disso, qualquer pessoa infectada é capaz de transmitir o vírus causador da enfermidade, denominado VHA.

A principal forma de contaminação é a ingestão de água e alimentos contaminados com fezes de pessoas infectadas. Apesar de não existir um tratamento específico contra essa doença, já existem duas vacinas eficientes que possibilitam a prevenção contra o vírus da hepatite A.

Esquistossomose

Também conhecida como barriga d’água, a esquistossomose é uma doença que pode ter sérias complicações. Isso porque os vermes platelmintos do gênero Schistosoma, agentes causadores da infecção, vivem nas veias de importantes órgãos — como o intestino e o fígado. Esses vasos podem se romper com a presença dos parasitas, o que acarreta sérios sintomas, como aumento do volume abdominal, diarreia e sangue nas fezes.

Se as fezes de um doente forem lançadas em algum curso de água doce, ovos do parasita serão liberados e poderão se desenvolver em larvas. A transmissão da esquistossomose ocorre por meio da penetração ativa da larva cercária na pele de pessoas que entram em contato com água contaminada.

O desenvolvimento da larva cercária, que ocorre dentro de caracóis do gênero Biomphalaria, é uma fase importante do ciclo do esquistossomo. Dessa forma, além de evitar entrar em contato com águas suspeitas, o controle do caramujo hospedeiro também faz parte das ações de prevenção contra a esquistossomose.

Febre tifoide

febre tifoide é mais uma doença relacionada à falta de um sistema adequado de tratamento de água e esgoto. O agente infeccioso causador dessa enfermidade é a Salmonella enterica do sorotipo Typhi, uma bactéria que pode gerar mal-estar, dores, febre, problemas intestinais e até cardíacos.

Para tratar a doença, é necessário hidratar o paciente e fazer o uso de antibióticos. A vacina contra a febre tifoide é indicada apenas em alguns casos específicos, pois não garante imunidade por muito tempo.

Ascaridíase

Você provavelmente conhece alguém que já teve lombriga. A ascaridíase, que também recebe esse nome popular, é muito comum no mundo todo. O verme causador da infecção é um nematelminto de corpo longo e cilíndrico, denominado Ascaris lumbricóides.

A ingestão de água e alimentos contaminados com ovos do parasita é a principal forma de contaminação. Os sintomas são diversos, entre eles cólicas, diarreia, vômito e presença dos vermes nas fezes.

Para combater a ascaridíase, além de realizar o tratamento dos doentes com os medicamentos apropriados, o saneamento básico e a adoção de hábitos de higiene pessoal são essenciais.

Dengue

dengue se tornou uma das doenças de veiculação hídrica mais comuns. A patologia tem curta duração e gravidade variável, e é causada por um vírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti infectado. Ao contrário dos mosquitos comuns (Culex), esses pernilongos picam durante o dia.

Em geral, as epidemias ocorrem no verão, durante ou logo após períodos chuvosos. A dengue apenas se manifesta em humanos e é mais comum em aglomerações urbanas. Os transmissores da doença se proliferam em locais com água acumulada, como cisternas, latas, caixas d’água, garrafas, pneus e vasos de plantas.

A doença causa diversos transtornos e desconforto, porém, em geral, não coloca a vida das pessoas em risco. Inicialmente, ocorre febre alta, podendo apresentar prostração, cefaleia (dor de cabeça), náusea, dor abdominal, mialgia (dor ao redor dos olhos ou muscular) e vômito. É comum que pacientes de casos mais graves desenvolvam manchas vermelhas na pele, cerca de 3 a 4 dias após o início da febre.

Rotavírus

rotavírus é um importante agente transmissor de gastroenterite. A doença tem transmissão hídrica e por alimentos contaminados. O contato entre pessoas saudáveis e contaminadas também é um fator de extrema importância para a disseminação da patologia, afetando indivíduos que trabalham em espaços fechados como hospitais, creches e escolas.

O rotavírus se aloja no trato gastrointestinal e nas fezes infectadas de animais e seres humanos. Em países de clima tropical, a sazonalidade da doença é pouco definida, ocorrendo casos o ano inteiro.

Toxoplasmose

toxoplasmose é uma doença causada por um protozoário. Ela é transmitida por meio da ingestão de água e alimentos contaminados por fezes de animais portadores do micro-organismo ou pelo consumo de alimentos mal lavados.

Para prevenir a transmissão dessa doença de veiculação hídrica, é importante manter alguns hábitos de higiene, como lavar bem os alimentos e consumir água de qualidade atestada.

Aranhas

As aranhas são um dos animais que mais causam fobias entre os humanos. Apesar de assustadoras fazem um excelente papel no meio ambiente, sendo responsável por controlar diversos insetos além serem responsáveis pela decomposição e incorporação de matéria orgânica no solo.

São animais carnívoros e possuem uma dieta diversificada, alimentando se de insetos e invertebrados maiores. Seus predadores são lagartos, sapos, escorpiões e cobras. Não são animais agressivos e inoculam seu veneno apenas quando comprimidas contra algum corpo estranho a elas. Ao caçarem, as aranhas inoculam seu veneno nas vítimas  com enzimas digestivas que realizam digestão extracorporal, após um tempo com suas vitimas já liquefeitas as aranhas sugam o tecido para sua alimentação. Sua reprodução ocorre com a liberação de feromônios para reconhecimento da sua própria espécie, os macho armazenam os espermatozoides em um casulo de seda que é tomado pelos pedipalpos (apêndices articulados localizados na “cabeça”) e levados até a fenda ventral (onde se encontram os órgãos reprodutores).

Aranhas de importância médica:

Atualmente existem 44.906 espécies de aranhas descritas no mundo todo dividido 3.935 gêneros, desses apenas quatro são considerados de importância média pela Organização Mundial de Saúde.

Os quais estão:

  • Loxosceles conhecidas como aranha armadeira;
    – corpo de 3,5 a 5 cm de comprimento de coloração listradas marcantes nas patas dianteiras.
  • Phoneutria chamada de aranha marrom;
    – um corpo de 3 a 4 cm de coloração uniforme marrom.
  • Latrodectus a famosa viúva negra ;
    – Abdômen com mancha vermelha o que a difere de outras aranhas.
  • Araneomorpha chamada de caranguejeira
    – Corpo de 15 a 20 cm de coloração marrom-preto com bastante pelos no abdômen.

 A picada desses animais ocorrem como forma de defesa, quando em comprimidas contra o corpo humano, no momento do uso de vestimentas ou manuseio de objetos. Podem causar sérios problemas neurotóxicos como inchaço, dores intensas no local, distúrbios na visão, pode levar o individuo a estado de choque e conseqüentemente a óbito. As reações hemolíticas são caracterizadas por icterícia (coloração amarelada da pele) e anemia, o veneno pode causar destruição das hemácias impedindo o transporte de gases e causando óbito da vítima por asfixia celular.O veneno dessas aranhas podem causas inclusive necrose em certos locais.

Para evitar picadas desses aracnídeos:

  • Manter jardins e quintais limpos;
  • Evitar o acúmulo de entulhos, lixo doméstico, material e construção nas proximidades das casas, inclusive terrenos baldios;
  • Evitar folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e outras) junto às casas;
  • Em zonas rurais, casas de campo, sacudir roupas e sapatos antes de usar;
  • Não pôr a mão em buracos, sob pedras, sob troncos “podres”;
  • Observar calçados e de luvas;
  • Vedar as soleiras das portas e janelas ao escurecer.

Em caso de picadas é necessário procurar ajuda em algum centro anti-venenamento o mais rápido possível para que o veneno não haja no organismo.

Traça de Roupa

Ela é muito comum em residências e são as chamadas traças-das-roupas, que pertencem a um grupo diferente de insetos, da Ordem Lepidoptera, e são pequenas mariposas. Uma diferença marcante entre elas e as traças-dos-livros é que estas mariposas, usualmente chamadas de “traças-das-roupas”, possuem o desenvolvimento holometábolo, o que significa que a fase jovem é radicalmente diferente da fase adulta.

Isso é relevante, pois o problema desses animais como “praga” se dá justamente em sua fase jovem, já que essas mariposas em fase adulta possuem o sistema digestório atrofiado e apenas as lagartas se alimentam. As lagartas (fase jovem) são fáceis de reconhecer: elas se deslocam pelas paredes enquanto ficam protegidas dentro por um envoltório achatado.

É dentro dessa “blindagem” que a lagarta se alimenta e empupa, para logo depois se transformar em uma mariposa (fase adulta).

5 etapas fáceis para desinfetar e eliminar 99% das bactérias

Para garantir a segurança das pessoas que circulam em suas áreas, siga estas cinco etapas fáceis para desinfetar e matar adequadamente 99% das bactérias em uma determinada superfície:

  1. Garanta o uso de equipamento de proteção individual adequado, incluindo óculos de proteção, luvas e às vezes uma máscara ou respirador se o rótulo exigir
  2. Efetue a pré-limpeza para remover qualquer sujeira visível da superfície, seque com ar ou seque com um pano se desinfetar pisos, certifique-se de varrer os detritos
  3. Aplique o desinfetante em uma variedade de superfícies, incluindo bancadas, pias, banheiros, superfícies de aço inoxidável, acessórios como maçanetas e interruptores
  4. Deixar o desinfetante permaneça úmido pelo tempo recomendado de acordo com as instruções do rótulo se a superfície secar reaplicar conforme necessário
  5. É melhor permitir que o desinfetante seque, se necessário após o tempo de contato recomendado ter expirado, seque as superfícies com panos ou toalhas de papel que podem ser descartados após um único uso. Desinfete frequentemente áreas de tráfego intenso, isso evita a propagação de bactérias e germes

Jardinagem? Manutenção de áreas verdes?

Conheça algumas definições utilizadas neste serviço.

Áreas verdes:

São todas as áreas gramadas ou plantadas ordenadamente com espécies decorativas de vários tamanhos e espécies, além das áreas verdes não tratadas, cobertas por vegetação natural, abrangendo margens de lagos, pavimentos, prédios, campos de areia etc. além de áreas essenciais ao bom aspecto e segurança da instalação como frentes de guaritas, áreas de circulação, campos de visão da vigilância, taludes, vasos, canteiros e etc.

Corte de gramado:

A gramado deve ser mantida numa altura entre 2,5 e 3,5cm e a frequência de corte é determinada pelo crescimento vegetativo. A programação varia de 15 a 25 dias em relação ao corte anterior.

Adubação:

A adubação deve ser realizada a cada 90 dias ou quando necessário, sempre respeitando a necessidade nutricional de cada espécie assim com o tempo certo e técnicas empregadas e sempre seguida de irrigação para evitar a queima. 

O procedimento deve ser feito com a utilização de uma adubadeira manual ou mecanizada.

A quantidade mais recomendada de adubo e o melhor adubo a ser utilizado (químico ou orgânica) é baseada na análise de solo.

Irrigação:

A irrigação deve ser diária, exceto nos dias de chuva, cada planta tem seu volume hídrico a ser considerado e respeitado dependendo do solo, clima e temperatura. 

A irrigação deverá ser feita nas horas menos quentes do dia e com pouco vento para reduzir a evaporação e a queima do gramado, daremos preferência para início da manhã ou após as 16 horas.

Controle Sanitário:

Cada espécie pode requerer um trato sanitário específico. Devem ser feitos controles periódicos nos gramados, árvores e arbustos mediante avaliação do responsável técnico da empresa.

Áreas de pátio:

São todas as áreas pavimentadas para pedestres e automóveis existentes.

Poda:

Consiste na conservação das árvores e arbustos, com podas de galhos secos ou verdes, bem como daquelas localizadas sob alimentadores de energia elétrica de alta ou de baixa tensão, cachos de frutos após a queda da frutificação, além das que ofereçam perigo ao trânsito automotivo e de pedestres.

Você sabe o que é Facilities?

O conceito da palavra “Facility” vem do latim “facilitas – atis” que na tradução torna-se “facilidade”. Essa é a proposta da VIP Ambiental para seus parceiros. Levar facilidades através de uma gestão estratégica que permita a otimização de todos os esforços no campo de terceirização de serviços. Concentra as gamas de serviços de suporte e infraestrutura terceirizados em um só fornecedor, a VIP Ambiental.

Por que agregar todos os serviços com a Vip Ambiental?

Pelas razões que são descritas nos itens Credibilidade e Segurança, além de trabalhar com profissionais capacitados na área Facility Managment e habilitados a elaborar um projeto integrado de facilidades que rentabilize custos, ajude cliente a bater metas e foque apenas em seu negócio, deixando toda parte de infraestrutura por conta da VIP Ambiental.

O que é gerenciamento de facilidades?

O gerenciamento de facilidades ou Facility Managment é uma área de negócios que envolve um grupo multidisciplinar de atividades cujo objetivo é garantir e aperfeiçoar a integração de ambientes, pessoas, tecnologia e processos (IFMA). O foco desse gerenciamento é integrar empreendimento físicos (escritórios, edifícios, shoppings centers, hospitais…etc.), processos, equipamentos e serviços permitindo assim que os propósitos da organização sejam alcançados.

Esta gestão é responsável, visando não somente a qualidade do ativo imobiliário, mas também do ambiente do colaborador que trabalha nesta organização, de visitantes e clientes (Mercado). O gerenciamento de facilidades opera e gerencia o ambiente físico dos empreendimentos, da manutenção física, dos serviços de atendimento, das respostas a riscos e emergências…etc. Por essa razão ela pode ser considerada como a principal força de suporte das atividades operacionais e administrativas de uma organização e, consequentemente, do atingimento de suas metas e objetivos.

O escopo das atividades do gerenciamento de facilidades é vasto, podendo variar da limpeza e conservação até os primeiros socorros, pois existem muitos serviços que promovem a integração do ambiente físico com as pessoas. Os serviços que são inclusos no escopo e o seu grau de integração e complexidade variam em função do tamanho do empreendimento/organização. Pequenos escritórios, oficinas, lojas e clínicas, por exemplo, necessitam de serviços como limpeza e conservação, vigilância e manutenção predial, dentre outros. Eles têm configurações de integração entre serviços e complexidade completamente diferentes de empreendimentos maiores, como grandes escritórios, unidades fabris, shopping centers e hospitais, por exemplo.

As vantagens da implantação do serviço de facilidades

  • Não investir mais tempo e energia com questões relacionadas à infraestrutura predial, mantendo seu foco apenas sem seu core business;
  • Economia entre 9% a 14% dos gastos totais da empresa;
  • Estreitamento das relações entre contratante e contratado, facilitando a busca de novas soluções e otimização dos processos internos;
  • Melhoramento do desempenho das instalações.

Traça de livro

Conhecidas também como traças verdadeiras seu corpo de coloração cinza a prateada, chegam a medir torno de 1,5 cm de comprimento. Vivem em ambientes escuros e úmidos. Podem ser encontradas escondidas em rodapés, móveis, livros e utensílios domésticos. Podem ser transportadas em caixas, desta forma se dispersando em diversos ambientes.

Alimentam-se de tudo que possua amido, sendo uma das pragas mais importantes no que se refere a acervos, causando sérios prejuízos em museus e bibliotecas.

Roedores

Roedores são animais extremamente importantes para o equilíbrio ambiental e convivem de maneira pacífica com outros animais silvestres. Entretanto algumas espécies se adaptaram muito bem a ambientes modificados e habitados pelo homem e é por isso que são chamados de roedores sinantrópicos. É uma das pragas urbanas mais temidas pela população em geral. Não é raro encontrar pessoas que se desesperam ao entrar em contato com um deles. A sensação de pânico que eles causam é bastante conhecida. Instintivamente, demonstramos pavor àquilo que pode ameaçar nossa integridade física, como os ratos ameaçavam na época das cavernas.

São também uma das mais pragas mais bem adaptadas ao convívio humano. Recebem do nosso ambiente tudo o que precisam para sobrevivência: água, abrigo e alimento em excesso. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se uma perda anual de 8 a 10% da produção mundial de grãos por conta do consumo ou estrago provocado pelo contato com urina e fezes dos roedores. Refletindo em prejuízos financeiros, só no Brasil ficaria na ordem de US$ 4 bilhões por ano.

Os roedores podem transmitir diversas doenças, como por exemplo, a leptospirose, a peste bubônica, o tifo murino, sarnas e micoses, entre outras. Por essa razão, o controle de roedores torna-se imprescindível, devendo ser tratado efetivamente como um problema de saúde pública.

Principais características:

Os ratos apresentam hábitos noturnos. É possível, embora raro, vê-los durante o dia, quando sua população aumenta tanto que a concorrência por comida faz com que mudem seus hábitos para evitar a competição entre eles. Podem sair durante o dia também quando estão feridos ou quando suas tocas são invadidas pelas enchentes.

Vivem em sociedade, com indivíduos dominantes (machos e fêmeas mais fortes) e os dominados. Os machos dominantes escolhem os melhores locais do ambiente da colônia e se alimentam quando querem. Os dominados ocupam áreas marginais e se alimentam somente quando não há ratos dominantes por perto. Entretanto, se houver a presença de um alimento novo no território da colônia (isca raticida ou uma ratoeira, por exemplo), o dominante espera que algum rato dominado se aproxime e se alimente. Se nada lhe acontecer, o dominante o expulsa e ingere o alimento ou a isca. Mas se houver a morte logo após a ingestão do alimento, os ratos farão uma associação entre a morte do colega e o consumo daquele alimento (ou isca), e não mais consumirão esse alimento, sendo um comportamento seguido pelos outros integrantes da colônia.

Na falta de alimentos na colônia, pode ocorrer o canibalismo, sendo devorados os mais fracos e doentes, ou ainda os filhotes de uma ninhada pertencentes a um outro grupo.

Os ratos apresentam algumas habilidades físicas impressionantes:

  • Alguns podem penetrar em qualquer abertura, desde que consigam passar a cabeça.
  • Conseguem roer diversos materiais duros, como madeira, tijolos, chumbos  e até áreas cimentadas.
  • As ratazanas ou ratos de esgoto podem nadar a distâncias de até 800m. Também conseguem prender a respiração e nadarem submersas por quase 3 minutos. Dessa forma conseguem invadir residências ou apartamentos próximos do térreo através do vaso sanitário.
  •  Os ratos de telhado podem subir pelo interior de canos ou calhas que medem de 4 a10 cm de diâmetro.
  • As ratazanas podem cavar túneis no solo que atingem até 1,25 m de profundidade.

Principais espécies

Existem mais de 1.700 espécies descritas pelo mundo, e cerca de 130 são classificadas como pragas.

No Brasil consideramos 3 espécies principais:

a)  Ratazana ou rato de esgoto (Rattus norvegicus):

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É a maior das espécies, sendo forte e agressiva. Possui hábitos noturnos, habita normalmente as redes públicas de esgoto ou outras galerias subterrâneas e lixões das cidades. Raramente habitam o interior de residências, onde só entram para obter alimentos. Tem hábitos noturnos, sendo o raio de ação para busca de alimento é de aproximadamente 50 m em relação ao abrigo. São normalmente desconfiados. Comem de tudo; por isso são chamados onívoros.

b) Rato de forro ou rato de telhado (Rattus rattus):

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É forte e ágil, preferindo buscar segurança e proteção nas estruturas superiores do imóvel (forros, beirais, telhado, ocos de árvores que estejam próximos da copa, etc). Apresentam hábitos noturnos, descendo ao solo apenas para buscar alimento ou água. Seu raio de ação para busca de alimento é de aproximadamente 90 m em relação ao abrigo. Assim como as ratazanas, são geralmente desconfiados. Sua dieta é baseada em legumes, frutas, cereais e insetos.

c) Camundongo ou catita (Mus musculus):

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Dentre as 3 espécies, é a menor. Geralmente é um animal com alto metabolismo, sendo agitado e constrói seus ninhos no interior das residências, como móveis, gabinetes, gavetas, armários, caixas sem uso constante, etc. São geralmente curiosos, e seu raio de ação para busca de alimento é de aproximadamente 3m a 5 m em relação ao abrigo. Podem visitar de 20 a 30 locais por noite em busca de alimento em 15m². Sua dieta é baseada em grãos e cereais.

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Formas de tratamento:

 Para realizar um controle da população de roedores em um local, é necessário antes de qualquer coisa identificar qual ou quais espécies estão convivendo no imóvel. Essa informação é de fundamental importância, pois será a partir dela que serão discutidas as estratégias de controle, baseados nos hábitos comportamentais da espécie em questão.

Sempre é bom lembrar que o controle total da população de roedores é extremamente difícil de ser realizado, pois a dinâmica de uma população apresenta uma série de variáveis difíceis de serem controladas ao mesmo tempo. Além disso, o aporte de alimentos, água e abrigos que o homem fornece aos roedores é vastíssimo, tornando delicada a operação.

Mas existem abordagens de tratamento que, juntamente com o apoio do cliente no cumprimento de medidas preventivas para evitar a entrada de roedores no imóvel, podem efetivamente reduzir a população no local ou nos arredores. Podem ser realizadas a instalação de iscas raticidas em pontos estratégicos, baseado no comportamento de procura de fontes alimentares dos roedores, uso de raticidas em pó de contato no interior das tocas, para que os ratos, incomodados com o pó impregnado em seus pelos, façam o uso da limpeza habitual lambendo-se a absorvendo o raticida. Ou também podem ser usadas placas de cola estrategicamente instaladas, para a captura de camundongos ou ratos maiores, em locais onde não é permitida a instalação de raticidas, como por exemplo áreas de produção em uma indústria.

Medidas preventivas:

Para evitar a invasão de roedores em um imóvel, algumas medidas devem ser tomadas, como:

  • Limpar diariamente, antes do anoitecer, os locais de preparo de alimentos;
  • Recolher os restos alimentares em sacos plásticos adequados, que serão posteriormente recolhidos pelo serviço de coleta urbana;
  • Manter armários e depósitos livres de objetos em desuso;
  • Buracos e vãos entre telhas devem ser vedados;
  • Manter os terrenos baldios limpos e murados;
  • Manter limpas as instalações de animais domésticos;
  • Evitar frestas embaixo de portas e janelas;
  • Não acumular objetos inúteis ou em desuso;
  • Não deixar encostados em muros e paredes objetos que facilitem o acesso dos roedores.

Pulgas

Imagine voltar para sua casa depois de longas férias. Você pega seus animais de estimação no canil, descarrega sua bagagem e encaminha-se para a cama para se recuperar da longa viagem. Mas seu sono é tudo, menos tranqüilo. Durante toda a noite, você é atormentado por minúsculas picadas e coceiras intermináveis. Não demora muito para você compreender que está sendo atacado por uma multidão de pulgas famintas.

O que aconteceu? Seus animais de estimação pegaram uma infestação no canil? Os insetos pegaram uma carona na sua bagagem? Ou uma multidão deles decidiu se mudar enquanto você estava fora?

É uma ideia horripilante, mas a resposta mais provável é que as pulgas estavam esperando por você. As pulgas são parasitas – ou formas de vida que se alimentam de hospedeiros – muitas vezes machucando-os de alguma maneira. As pulgas usam o sangue dos hospedeiros como alimento. Elas geralmente preferem o sangue de animais de quatro patas que o de humanos; por isso, antes de sair de férias, as pulgas se alimentaram de seus animais de estimação, não de você.

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Embora as recém-surgidas pulgas precisem encontrar comida em poucos dias, as adultas podem ficar alguns meses sem uma refeição. As pupas das pulgas podem também ficar em seus casulos por mais de um ano, esperando para sentir calor corporal e vibrações que sinalizam a presença de hospedeiros próximos. Então, quando você sair de férias, as pulgas não morrerão de fome – simplesmente esperarão que você e seus animais de estimação retornem.

Quando caminhar para casa depois de estar longe, as pulgas adultas famintas irão se aglomerar em você e em qualquer coisa que tiver pulsação, não importa quantas patas ou pernas tiver. As pupas saem dos casulos e procuram pela primeira refeição de sangue. Sua casa, que parecia limpa e relativamente livre de pulgas quando você saiu, é repentinamente invadida.

A habilidade de viver sem comida é justamente uma das muitas adaptações das pulgas. Estas adaptações facilitam o modo das pulgas se moverem entre os hospedeiros, alimentarem-se de seu sangue, reproduzirem-se e sobreviverem quando a comida é escassa. Neste artigo, veremos como estas adaptações tornaram mais dificultoso acabar com as pulgas. Também exploraremos como evitar que as pulgas invadam tua casa e teus animais, bem como a maneira de se livrar de uma infestação.

As pulgas são minúsculas, mas quem já viu uma pode reconhecê-las com facilidade. São pequenos insetos achatados e sem asas que possuem um talento especial para saltar antes que você possa pegá-los. Seus corpos são cobertos com placas duras. Por isso, se você pegar uma, esmagá-la pode ser um desafio. Esta dura cobertura externa protege as pulgas de tudo, dos dentes dos animais à batida no chão após um longo salto.

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Visão microscópica de uma pulga do gatoampliada em aproximadamente 80 vezes A olho nu, o exoesqueleto de uma pulga parece completamente liso, mas na realidade é coberto por minúsculos pêlos que saem da sua cabeça. Seus corpos achatados e os pêlos apontando para trás tornam mais fácil para as pulgas se rastejarem na pele de seus hospedeiros. Mas se algo tentar desalojá-las, os pêlos atuam como minúsculas proteções tipo velcro. É por esse motivo que um pente fino removem-nas melhor do que uma escova. Os dentes do pente estão muito próximos para que as pulgas possam passar e, por isso, é possível arrancá-las do hospedeiro, mesmo que os pêlos das pulgas estejam grudados.

Uma pulga também tem espinhos em torno da cabeça e da boca – o número e o formato variam de acordo com a espécie. A boca é adaptada para perfurar a pele e sugar o sangue. Várias peças bucais ficam juntas para formar um tubo para beber semelhante a uma agulha. Eis aqui um resumo:

  • duas lacínias, tipo serrinhas, cortam a pele. Também ficam juntas para formar um canal para a saliva;
  • a gálea é como uma agulha. As lacínias cercam a gálea e, juntas, formam o estilete, ou órgão de perfuração;
  • o pré-mento e os palpos labiais formam o lábio, que dá suporte ao estilete.

Quando uma pulga morde seu hospedeiro, o sangue viaja de um vaso sanguíneo através da gálea até o corpo da pulga. Isto provoca muita sucção, proveniente das bombas existentes na boca e no aparelho digestivo da pulga.

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As pernas de uma pulga são adaptadas para saltar. Como todos os insetos, uma pulga tem três pares de pernas anexadas a seu tórax. As pernas traseiras são muito longas e a pulga pode dobrá-las através de várias juntas. O processo de saltar é parecido com as ações do arco e flecha. A pulga curva sua perna e uma almofada de proteína elástica chamada resilina armazena energia da mesma forma que a corda do arco. Um tendão mantém a perna curvada no lugar. Quando a pulga libera este tendão, a perna retorna à posição inicial quase que instantaneamente, e a pulga acelera como uma flecha de um arco. Para pousar, a pulga usa minúsculas garras no final de suas pernas para se agarrar à superfície.

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A localização da resilina (em azul)

Excetuando-se estas adaptações, as pulgas se parecem muito com a maioria dos outros insetos, e seu ciclo reprodutivo também é muito parecido. Leia para aprender mais sobre o ciclo de vida das pulgas e por que se livrar de uma infestação é tão difícil.

Uma pulga pode saltar aproximadamente 17,8 centímetros verticalmente ou 33 centímetros no modo horizontal. Em proporções humanas, é um salto de 76 metros verticais ou 137 metros horizontais.

As fêmeas depositam seus ovos, que eclodem e dos quais saem larvas que se parecem com vermes. As larvas se encasulam e transformam-se em pupas. Uma pulga adulta sai do casulo. Numa população de pulgas, aproximadamente metade são ovos e 5% são adultos.

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As pulgas fêmeas só colocam os ovos se tiverem uma refeição. Se uma fêmea sai do casulo e não consegue encontrar comida, morrerá sem se reproduzir. Mas se consegue se alimentar, uma pulga pode depositar em torno de 20 ovos por vez, totalizando aproximadamente 500 ovos durante seu tempo de vida.

Na maioria das vezes, a pulga deposita seus ovos no hospedeiro. Estes são completamente lisos, por isso, deslizam do hospedeiro e caem no chão do ambiente. Nas residências, os ovos penetram profundamente nas fibras dos carpetes e nas frestas do chão. Externamente, os ovos das pulgas fixam-se no solo. Os ovos são brancos – as manchas pretas que você vê em animais infestados por pulgas e nas suas camas são partículas de sangue seco e dejetos de pulgas.

Para poder se desenvolver, os ovos das pulgas precisam de um ambiente quente e úmido: uma temperatura de aproximadamente 21º C e de 70% a 85% de umidade. Nestas condições, os ovos eclodem em aproximadamente 12 dias. Esta abertura no 12º dia é uma das razões pelas quais pode ser difícil se livrar das pulgas. Alguns inseticidas matam as pulgas adultas, mas não os ovos. Isso significa que toda uma nova série de pulgas pode surgir depois que as adultas já morreram.

As larvas das pulgas têm aproximadamente 1,5 mm de comprimento e se parecem com vermes brancos segmentados. Elas evitam a luz e migram para as frestas no chão, onde permanecem para se desenvolverem. Diferentemente de seus pais, as larvas não se alimentam de sangue. Ao invés disso, comem células de pele, dejetos de pulgas e outros resíduos. O desenvolvimento das larvas possui três estágios, ou instares, nos quais ocorrem trocas de pele.

Após uma semana ou duas, as larvas das pulgas se encasulam. Anexam pedaços de sujeira e restos nos seus casulos para camuflagem. Se a alimentação tiver sido plena, a pulga adulta surge após aproximadamente uma semana. Caso contrário, a pulga pode ficar em seu casulo por mais de um ano.

Embora as larvas e as pulgas adultas tenham padrões de alimentação completamente diferentes, o que comem tem um grande impacto nas doenças que podem trazer. A seguir, veremos as doenças e complicações que surgem com as pulgas a partir de suas mordidas.

Todos pensamos em pulgas como sendo uma chateação – mordem pessoas e animais, causando coceira e protuberâncias vermelhas. Esta reação vem de uma substância na saliva das pulgas, e algumas pessoas reagem a isso mais fortemente que outras. Muitas vezes, as pulgas sugam com força o sangue em duas ou três picadas espaçadas, causando duas ou três protuberâncias que coçam.

Animais que desenvolvem uma sensibilidade a mordidas de pulgas podem se coçar excessivamente. Isto pode deixar a pele áspera, sem pêlos e infeccionada. Estas infecções às vezes são confundidas com aquela ocasionada por um parasita chamado sarna. Os animais desconfortáveis com a coceira também podem ficar mal-humorados ou agitados.

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Parte de uma solitária

Além de serem irritantes, as pulgas podem trazer doenças. Podem até transmitir outros parasitas para pessoas e animais. As larvas das pulgas se alimentam dos ovos das solitárias. Uma vez engolidas, as solitárias começam a se desenvolver no aparelho digestivo da pulga. Se um animal engole uma pulga infectada ao se morder ou lamber, também ficará infectado. As solitárias então crescem no intestino, depositando seus reservatórios de ovos no ânus do animal enquanto este dorme. Os reservatórios ficam em áreas próximas da cama do animal – onde as larvas das pulgas gostam de viver – e o ciclo recomeça. Pessoas, especialmente crianças, também podem ser infectadas com solitárias se engolirem pulgas enquanto brincam com seus animaizinhos, ou se entrarem em contato com dejetos infectados e não lavarem as mãos antes de comerem.

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A peste bubônica causa inflamação e dornos gânglios linfáticos, conhecidos como bubos

As pulgas também podem transmitir doenças graves. Uma delas é a peste bubônica. As pulgas são agentes transmissores – transportam a bactéria da peste de roedores (os portadores naturais desta doença) para as pessoas. Uma espécie particular, a pulga do rato (Xenopsylla cheopis), geralmente é a culpada. Além de preferir se alimentar dos ratos, o aparelho digestivo desta pulga fica bloqueado pela bactéria da peste. Assim, quando morde o próximo hospedeiro, regurgita o sangue infectado para dentro da ferida. Os sintomas da peste incluem inflamação dos gânglios linfáticos (chamados de bubos), febre, dor de cabeça e exaustão.

As pulgas também podem carregar o tifo murino, principalmente nas partes sul e sudoeste dos Estados Unidos. O tifo murino é causado pela bactéria Rickettsia typhi. A pulga do rato e a do gato podem transmitir esta bactéria para as pessoas. A infecção geralmente vem dos dejetos e não da boca das pulgas. As pulgas defecam enquanto se alimentam, e seus hospedeiros coçam as fezes infectadas na mordida. As pessoas podem também abrir a pele enquanto coçam e a bactéria pode entrar no corpo através da coceira. O tifo murino causa sintomas como febre, náusea e dores de cabeça. Tanto o tifo quanto a peste bubônica podem ser tratados com antibióticos.

Já que as pulgas incomodam e podem ser prejudiciais à saude humana e dos animais de estimação, livrar-se delas é prioridade número um. Vamos dar uma olhada em como manter sua casa e seus animaizinhos livres de pulgas.

Hoje em dia, muitos tratamentos para pulgas são excepcionalmente poderosos – matam as pulgas e seus ovos em poucos dias. Contudo, às vezes um simples tratamento imediato não é suficiente para livrar sua casa e seus animais das pulgas. Eis aqui alguns passos simples para prevenir e lidar com infestações de pulgas:

  • trate seus animais e o ambiente ao mesmo tempo;
  • dê banho em seu animal de estimação e utilize um pente de pulgas para removê-las. Se planeja usar um tratamento tópico para pulgas em seu animal, siga as instruções relativas à duração do tempo de espera antes ou depois de lavar seu bichinho de estimação;
  • limpe completamente a sua casa pelo menos em dias alternados. Esvazie imediatamente o canil ou substitua a caixa e jogue fora os restos numa lata de lixo;
  • lave a cama de seu animal de estimação;
  • corte sua grama regularmente. Limpe e jogue fora todas as folhas ou outras sujeiras da grama, e mantenha os montes de areia fora de sua casa;
  • sempre que possível, impeça que animais selvagens entrem em seu jardim.

Existem alguns poucos remédios domésticos para pulgas que não funcionam. Enquanto as coleiras antipulgas podem mantê-las longe de seu animalzinho, não possuem muita eficácia numa infestação já estabelecida. Alimentar seu bichinho com alho, levedura de cerveja e vitaminas provavelmente não faz efeito contra pulgas. As coleiras ultrassônicas também parecem não atuarem como um impedimento ou repelente de pulgas.

Na maioria das vezes, se você tratar seu animal de estimação, gramado e casa contra as pulgas ao mesmo tempo, consegue se livrar sozinho de uma infestação. Caso contrário, talvez seja necessário contatar um exterminador profissional.

Pombos

São aves pertencentes ao gênero Columba, que contam com mais de 50 espécies distribuídas no mundo todo. O pombo doméstico Columba livia domestica é o mais conhecido, pois apresenta íntima associação com o homem, nos diversos ambientes.

O pombo doméstico originou-se por cruzamentos seletivos a partir da espécie selvagem, conhecida por pombo de rochas (Columba livia livia). A espécie selvagem ocorre na Europa mediterrânea e norte da África. Enquanto as outras espécies de pombos habitam preferencialmente árvores e arbustos, esta espécie prefere buracos e beirais de penhascos e desfiladeiros.

Foram trazidos ao Brasil pela família real portuguesa em meados do século XVI. Na área urbana se adaptaram facilmente às condições das nossas edificações, lembrando os beirais de penhascos e desfiladeiros de seu habitat original.

Biologia

Os pombos domésticos têm comportamento gregário, se alimentando em grupos, preferencialmente de grãos e farelos. Mas no ambiente urbano encontraram farta oferta de alimentos. Devido à sua grande capacidade de variação alimentar, fazem parte de sua dieta cascas de frutas, queijo, legumes, etc.

O ciclo reprodutivo é dependente da oferta de alimento disponível. Sendo assim, no meio urbano é observada a reprodução dessas aves durante o ano todo, exceto na época de muda das penas, antes do inverno. As fêmeas colocam de 1 a 2 ovos por ninhada e podem ter de 5 a 6 ninhadas por ano. Os filhotes são alimentados com uma secreção do papo cuja composição é semelhante ao leite, sendo por isso chamada “leite de pombo”. Tem comportamento monogâmico.

Os pombos podem viver por 3 a 5 anos nas cidades, e em condições silvestres até 15 anos.

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Saúde pública

A alta concentração de pombos em áreas urbanas tornou-se um problema de saúde pública. O acúmulo de fezes depositadas em edificações, calçadas, monumentos, torna sua limpeza uma tarefa de risco para pessoas leigas ou despreparadas, pois podem vincular uma série de doenças. Pelo menos 57 delas já foram descritas, entre as quais a salmonelose, toxoplasmose, histoplasmose e criptococose. A maioria das zoonoses é causada pelo contato com as fezes, mas podem ser originadas do contato com as penas ou de aves doentes, como piolhos e ácaros.

Os pombos também podem causar adulterações ou contaminações de alimentos, através da deposição de suas penas ou outros dejetos sobre alimentos crus ou já embalados. Há o risco também da contaminação da água pelas fezes depositadas próximas dos reservatórios de água com vedação deficiente.

Além desses problemas, a presença de pombos nas edificações pode causar alguns transtornos, como por exemplo:

  • Presença de ninhos em hospitais ou pronto-socorros podem causar entupimento dos sistemas de drenagem ou dispersão de micro fragmentos de fezes secas com  agentes patogênicos para o interior desses estabelecimentos;
  • A atividade dos pombos próxima de pontos de ar condicionado pode permitir a dispersão de microorganismos provenientes de suas fezes ou penas para o interior das edificações;
  • Entupimento de calhas e infiltrações nos forros;
  • Graças à acidez de suas fezes, podem causar danos às estruturas de alvenaria ou em peças metálicas, como em carros, por exemplo;
  • Acúmulo de fezes em locais como bancos de praças, parques infantis e bebedouros de uso público;
  • Alteração no sistema de comunicação quando há acúmulo de fezes em torres de retransmissão.

Controle

Existem várias propostas para se obter um controle efetivo das infestações de pombos no ambiente urbano, mas infelizmente tem-se observado algumas que apresentam pouca eficiência a médio ou longo prazo. O sacrifício das aves nunca foi recomendável, por se tratar de crime de crueldade, de acordo com a legislação ambiental. Além disso, a população se recompõe, graças à farta disponibilidade de alimento e número de posturas por ano. O uso de anticoncepcionais também não é recomendável, pelo alto custo e pelo risco de consumo por espécies nativas, acarretando um desequilíbrio ecológico no ambiente.

Para cada edificação, é necessária a vistoria de um técnico especializado de uma empresa de controle de pragas devidamente registrada. Através da análise da edificação, serão recomendadas alterações construtivas para dificultar ou impedir o acesso dos pombos no local. Os vãos na estrutura, parapeitos, varandas, aberturas nas telhas, marquises e beirais, terraços, são locais que podem ser usados como abrigos ou para construção de ninhos. Nestes pontos, a utilização de barreiras físicas será necessária para coibir a utilização. Assim, fios de nylon, espículas, redes e outras formas de barreiras podem ser empregadas nesse sentido.

Além disso, tão importante quanto o uso das barreiras físicas é a limitação às fontes de alimento. Como o ciclo reprodutivo é regulado pela oferta de alimentos, será de fundamental importância a diminuição dessa oferta, seja por um melhor condicionamento do lixo, das fontes de alimento disponíveis, seja através da orientação das pessoas para não alimentarem os pombos.

É necessário também o envolvimento do poder público para conscientizar a população da importância da mudança de hábitos. As pessoas alimentam os pombos pelo desconhecimento dos riscos do aumento populacional e de disseminação das doenças associadas à presença dos pombos. Desse modo, teremos sucesso com resultados abrangentes e a longo prazo.